Só mesmo o tolo se inflama com a crítica. Em uma sociedade informacional, julgam-se muitos serem tão superiores a ponto de se tornarem imunes às críticas. Estiveram todo este tempo equivocados: não cabe ao acusador o ônus da prova. Se nos é imputada uma determinada idéia que não condiga com o que achamos que pensamos, não devemos questionar quem o faz, mas sim devemos tentar ouvi-lo e compreende-lo ao máximo, sem tecer qualquer comentário, para então, confrontarmos em nós mesmos as suas e as nossas idéias. Enquanto não nos colocarmos como defensores daqueles que nos criticam, num desprendimento total da nossa fala, nunca os ouviremos, nunca os compreenderemos, nunca sairemos da posição confortável de nossas convicções.
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2 de agosto de 2010 às 23:20
É nessa imparcialidade que me revejo no Budismo.
A crítica céptica permeável à experiência enquanto ferramenta de aperfeicoamento. Não-julgamento que pressupõe a imparcialidade necessária à observação. Não sou de todo imparcial, por isso mesmo a senti como uma ferramenta que era necessário explorar. Estou a anos-luz da coisa, mas acho-me permeável. Bendita, hilariantemente permeável a ela.