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"Não subestime o desprezo absoluto das pessoas. Tornar-se um pária não é fácil. As pessoas acreditam que o diabo é Satan. Ignoram que o mundo é muito mais antigo que o cristianismo. Tudo para essas pessoas ignorantes é coisa do “diabo”. E julgam, recriminam e segregam. Ainda que isso seja um pecado diante de Deus. Porém, estranhamente é exatamente esse comportamento hipócrita e preconceituoso que a Igreja incentiva. É tudo tão absurdo. E afinal o que são os pecados? É uma maneira de controle do ser humano, de condená-lo, de inserir culpa pelos seus desejos naturais, de submetê-lo, de castrar seus pensamentos. É tudo tão ridículo."

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Satanismo e a crítica à "moral"

Escrito por Recanto do Opositor

Tão comum quanto vermos o termo "moral" no discurso daqueles que nos criticam, é vê-lo nos próprios discursos daqueles que se consideram Satanistas. Ou não possuímos qualquer tipo de valor moral, o que nos coloca à margem dos bons costumes, regras sociais e coisas do tipo, ou então o discurso muda para os velhos clichês do tipo "ah, sou contra essa moral hipócrita" e coisas do tipo. Cada um dos discursos possui suas características e eu não sei qual o menos pior para o Satanismo em si, como religião.

Primeiramente o que é esta tal de moral? Não, eu não vou responder de forma íntegra, se quiser realmente destrinchar idéias sobre este conceito, que de simples não tem nada, vá a uma biblioteca, na parte de Filosofia e divirta-se. Mas claro, se eu pergunto, é pelo fato de que alguma resposta vou dar...

Pois bem, a tal moral diz respeito, de uma forma bem sucinta, ao conjunto de normas, costumes e deveres; está relacionado àqueles valores que de alguma forma regulam as ações humanas. Tem muito a ver com a velha história de bom e mau, certo e errado, e principalmente daquilo que as pessoas, num geral, esperam umas das outras.

Nesta parte entra o discurso religioso, tradicionalista, conservador. Primeiro nos atiram pedras pelo simples rótulo "Satanismo". Quando um ou outro acabam indo um pouco mais além, seguem as críticas. Somos egoístas, misantropos, não respeitamos ninguém... O que de fato não procede. O Satanista respeita o próximo como este a ele. É assim que as coisas funcionam. Nada de amor a ingratos, ou ainda sorrisos àqueles que nos agridem. A velha história de não virar a outra face... Seguimos leis, temos amigos, não fazemos mal a ninguém de forma gratuita e bem, levamos uma vida normal. Enfim, acredito que qualquer um que aprofunde seus estudos em nossa religião perceberá que o indivíduo Satanista é acima de tudo recíproco em suas ações. E isto nunca foi nem será problema para ninguém, muito pelo contrário, os grandes problemas residem justamente no fato de que algum espertinho sempre quer se dar bem às custas dos outros. Não é assim que agimos...

Mas também não podemos esquecer o grande caráter contestador do Satanismo, que permeia grande parte das vozes exaltadas ditas Satanistas. É um predicativo do arquétipo de Satan e é um elemento fundamental do nosso pensar. O nosso grande ataque à moral parte do fato que, muitos dos ditos bons costumes nada mais são senão uma negação de nossa própria natureza. Muitos dos valores vigentes nada mais fazem senão enclausurar o indivíduo com grades de ferro, cuja fuga só se faz quando se veste uma linda capa de hipocrisia. Ou seja, foram criadas regras para que ninguém seguisse. Não declaradamente. Assim é muitos dos elementos constituintes da moral de nossa sociedade. Aí não dá, não adianta, a Igreja tem sim sua parcela de culpa nisto, mas bem, este é um outro assunto... Eu também não vou ficar aqui agredindo cristãos e suas instituições.

A grande questão que quero colocar com estas palavras neste texto, bem medíocre por sinal, é simplesmente o fato de que o Satanista não é aquele que deturpa valores sociais a esmo por querer atenção, ou apenas por um prazer de blasfêmia, ou qualquer coisa do tipo. Não somos soldados do caos. Somos pessoas normais, que simplesmente voltamos nossos olhares para nós e fazemos nosso corpo se movimentar para que a dança agrade não a quem nos observa, mas a nós mesmos. Reconhecemos como somos, e não como os valores, forjados por aqueles que sempre detiveram poder sobre os outros, gostariam que fôssemos.

Recomendação de Leitura: Para aqueles que quiserem estudar um pouco mais sobre a "moral", recomendo o livro A Genealogia da Moral, do nosso pop star dos revoltadinhos "cult" , Friedrich Nietzsche.

One Comment

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    Comment by Madame Morte

    Ao meu ver,moral seria algo sem definição precisa,cada um cria e usa de sua própria maneira,seja ela hipócrita,egoísta,confortável ou não.Falta coragem para muitos,para assumirem a si próprios,pessoas que não saíram nem do ponto de partida.E que tentam prender com pesos de chumbo tudo aquilo que não entendem,tentam destruir tudo que não compreendem,e de certa forma nos impedem de ascendir completamente.

    Sempre haverá ignorantes,quanto mais as coisas mudam,mais continuam iguais.