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"Não subestime o desprezo absoluto das pessoas. Tornar-se um pária não é fácil. As pessoas acreditam que o diabo é Satan. Ignoram que o mundo é muito mais antigo que o cristianismo. Tudo para essas pessoas ignorantes é coisa do “diabo”. E julgam, recriminam e segregam. Ainda que isso seja um pecado diante de Deus. Porém, estranhamente é exatamente esse comportamento hipócrita e preconceituoso que a Igreja incentiva. É tudo tão absurdo. E afinal o que são os pecados? É uma maneira de controle do ser humano, de condená-lo, de inserir culpa pelos seus desejos naturais, de submetê-lo, de castrar seus pensamentos. É tudo tão ridículo."

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A importância do símbolo

Escrito por Recanto do Opositor

Tal como os dogmas, sobre os quais já teci alguns comentários, há um outro aspecto do Satanismo que tende a causa muita discordância. Trata-se de seu constante uso de símbolos e imagens. Falar de tal assunto não é possível sem que se toque na questão do ritual, que é justamente o momento no qual as "figurinhas" serão colocadas em jogo. Para aqueles, que como eu, não vêem muita graça em coisas obscuras, rostinhos feios ou tudo que contenha certa dose de malvadeza, os símbolos acabam sendo vistos como algo desnecessário, meramente utilizados com propósitos de chamar a atenção, ou chocar de alguma forma.

Não bastasse toda a carga crítica e contra-cristã (eu não disse anti), nosso caro colega LaVey ainda acrescentou à Bíblia Satânica uma lista de demônios, e mais ainda, diversas as suas "invocações" ao longo dos rituais propostos. Estes queridos seres, com certeza são o maior alvo de críticas. Poderia se perguntar: ora, se somos a única divindade e questão e o culto é para si, pra quê demônios, pentagramas e coisas do tipo?

A primeira coisa a se pensar, quando se tem um questionamento como este é lembrar daquilo já sabemos, ou deveríamos saber, sobre rituais. Um conceito chave, mas que parece ser muitas vezes esquecidos, principalmente por parte dos mais leigos, ou dos malvadistas mesmo. O ritual é uma cerimônia de características individuais, e não gerais. Cada qual realiza seu ritual à sua maneira, o que é comum a todos é simplesmente a crença na magia, tal qual é descrita na BS. De resto, tudo não passa de proposições, sugestões. Ah, então se eu quiser plantar bananeiras pelado no quarto de minha avó, isto é um ritual? Se você conseguir liberar suas emoções assim, parabéns, foi muito mais original que muita gente por aí.

Até aí tudo bem, mas ora, o título deste post é "a importância do símbolo", onde está ela?!

Naturalmente, se a palavra principal do Satanista é liberdade, e esta manifesta-se na escolha da forma do ritual, ou em sua realização ou não, o contrário não seria no que diz respeito aos símbolos e as imagens. Antes de renegar o que é proposto pela BS, é preciso entender o motivo pelo qual temos nela demônios, pentagramas e outros símbolos.

É fácil de entender. Nomenclaturas semióticas/lingüísticas de lado, tem-se por símbolo uma determinada forma, seja ela verbal ou não, que nos remete a uma idéia. Trata-se de uma ligação que se faz entre uma imagem e um conceito, parte-se do maior para o menor. É uma forma de reconhecimento, assim como uma marca estética. Assim portanto, tem-se no símbolo uma carga intrínseca que é sentida e compreendida a partir de sua utilização.

Cada símbolo pode abrigar em si tanto um significado geral quanto um individual. No caso dos demônios, cada qual traz consigo histórias, mitos e lendas, de diversas culturas ao longo de séculos de existência humana. E cada qual possui sua carga significativa, não à toa a breve descrição que LaVey faz em sua lista. E é justamente para trazer à tona esta carga que se tem o uso do símbolo dentro do ritual. Isto parece bem simples de entender, mas ninguém pensa nisto antes de torcer o nariz ao ver tanto demônio pra lá e pra cá. E isto, pode se aplicar a qualquer outro símbolo e imagem, não à toa temos as 9 declarações Satânicas que tratam justamente de concretizar uma parte daquilo que Satan vem a representar.

Além disto, naturalmente podemos atribuir a uma determinada imagem, ou forma verbal, um significado estritamente pessoal. Tem-se total liberdade para tal, e isto é extremamente produtivo. Criar um símbolo próprio, digo por experiência própria, é muito melhor que "seguir" um outro.

Em suma, a importância do símbolo diz respeito à aproximação e à afinidade que se tem com uma determinada idéia, conceito, ou imagem, que de alguma forma desperte em você algum tipo de alteração emocional/psíquica num ritual, ou simplesmente sirva como um elemento estético que lhe agrade possuir junto a si. Não gostou dos que LaVey sugeriu? Ora, escolha outros então!

One Comment

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    Comment by Madame Morte

    Esse tópico é interessante, e ao mesmo tempo simples.Mais uma vez, fazendo trabalho de F1, esclarecendo os leigo aqui, rs.

    \o/

    Mas pra quê procurar imagens e afins para canalizar o poder que já jaz sabidamente dentro de si?
    Seja aceitando dogmas ou simplesmente ão tendo tanta fé em si mesmo, convenhamos que há uma certa perda de tempo precioso, que poderia ser gasto "treinando" e elevando tal poder e potencial.